Dia desses, lendo uma revista
sobre preservação do meio ambiente me deparei com um artigo falando do quanto é
importante o consumo consciente da carne, e quanto mais nos aproximarmos do “ideal”
mais “não” vamos dizer a esta indústria desenfreada e desumana.
A revista é da época do Thanksgiving do ano passado, que na
verdade é o dia de ação de graças dos EUA, e também um dos feriados mais
importantes e mais respeitados por aqui. Para celebrar a data, o americano
compra peru, muito peru. As estatísticas mostram que em torno de 46 milhões de
perus são mortos para esta época do ano, o que, diga-se de passagem, é um
número absurdo.
Por coincidência, o peru também é
nossa ave “símbolo” do Natal. Como o poder aquisitivo do brasileiro muitas
vezes não alcança o preço do peru, a indústria Brasileira colocou no mercado o “Chester”
que nada mais é do que uma ave geneticamente modificada (que agrega sabor e
preço competitivo). O Chester só existe no Brasil, você nunca o encontrará aqui
nos EUA.
Para aqueles que querem consumir
sem culpa, aqui nos EUA com esta demanda de consumo consciente que está
acontecendo, um grupo de 13 homens criou a Global Animal Partnership’s – uma
organização sem fins lucrativos fundada em 2008 com o objetivo único e
exclusivo de reunir fazendeiros, cientistas e varejistas em uma meta
específica: melhorar as condições de tratamento dos animais que são criados
para abate.
Marcas daqui como Plainville Farms, Diestel Turkey Ranch e
Willie Bird (que são vendidas em supermercados Whole Foods – vou dedicar um post só para ele...) fazem sua
produção de forma exemplar e por isso, ganham o certificado de produto “produzido
sem maltrato”, colocado em cada embalagem sua.
No caso do peru, que é o exemplo
que estou usando neste post, para o produtor conseguir o selo de garantia é
necessário:
1) Preservar
a espécie – isto é: não produzir nada geneticamente modificado. Suas aves devem
carregar a herança genética original e ter a capacidade de cruzar naturalmente.
2) Cativeiro:
diferente dos cativeiros tradicionais, em que os aviários normalmente nem
janelas tem (se você viu o filme que indiquei no primeiro post, você viu isso),
os cativeiros certificados devem permitir com que suas aves passem fora do
cativeiro no mínimo 51% do seu tempo de vida (para ciscar, pegar sol, e se
desenvolver mais naturalmente = mais saúde para você que come).
3) Alimentação:
aves orgânicas são alimentadas apenas com produtos orgânicos, sem
antibióticos, hormônios e sem arsênico (altamente tóxico) = mais saúde para
você que come.
4) Crueldade:
aves certificadas não são maltratadas. Imagine que na produção convencional de
perus, ainda bem cedo, os dedos são cortados e os bicos também. Que crueldade!!
Não preciso comentar que este tipo de produção torna o produto mais caro (mais não impossível de comprar...), mas é aquela velha história: nós (principalmente brasileiros) não temos o hábito de agir preventivamente. Então você escolhe: ou paga o produto que vai à sua mesa um pouco mais caro e ganha de lambuja o cuidado com sua saúde, OU espera um dia ficar doente e gastar uma fortuna com remédios e atendimento hospitalar. A escolha é sua...
Não preciso comentar que este tipo de produção torna o produto mais caro (mais não impossível de comprar...), mas é aquela velha história: nós (principalmente brasileiros) não temos o hábito de agir preventivamente. Então você escolhe: ou paga o produto que vai à sua mesa um pouco mais caro e ganha de lambuja o cuidado com sua saúde, OU espera um dia ficar doente e gastar uma fortuna com remédios e atendimento hospitalar. A escolha é sua...
E este é o exemplo da criação de
aves. Imagine isso amplamente: bois, porcos, peixes. Alimentos que estão à sua
mesa todos os dias.
Sei que a realidade é bem
diferente no Brasil, e que talvez consumir uma carne orgânica ainda seja um
grande desafio. Mas acho que este já é o olhar para o futuro. O querer algo
melhor. Quer comer carne? Não tem problema: mas tenha consciência do que você está comendo!
Para saber mais:
* www. globalanimalpartnership.com
Fonte:
*www.huffingtonpost.com
* www. globalanimalpartnership.com
* Whole living magazine
Melissa, acho que este é o caminho que me parece o mais óbvio mesmo! Como não pretendo parar de comer carne, concordo que não é bom ficar sabendo de toda a crueldade e, digamos, "artificialidade" dos processos mais comumente usados para termos carne na nossa mesa. Confesso também que não comecei a agir mais conscientemente, mas vou tentar começar o quanto antes! Beijos!
ResponderExcluirOi Cynthia! Pois é...é óbvio mas é muito difícil chegar lá...enfim, alguém vai ter que sair perdendo. Mas a idéia não é fazer apologia mesmo a qualquer tipo de alimentação; como não temos como controlar a qualidade do que comemos fora, acho que tudo começa com aquilo que compramos para nossa casa. Isso sim podemos controlar - praticamente 100%. E por falar nisso, lá no BJ's tem um frango orgânico vendido em caixinha super gostoso! Beijo!
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